Estudo: intervenção do farmacêutico melhora a adesão à medicação
13 de junho de 2015

 A intervenção do farmacêutico melhora significativamente a adesão à medicação em pacientes idosos, crónicos, polimedicados e não cumpridores, segundo é evidenciado pelos resultados de um estudo publicado pelo Conselho Geral de Colégios Oficiais de Farmacêuticos de Espanha.

Assim, os resultados mostraram uma melhoria global na adesão de 35% dos pacientes na terceira visita à farmácia e 75,7% na última visita, de acordo com os resultados.

O objetivo do trabalho, desenvolvido a partir de 51 farmácias, foi de avaliar a adesão em 114 pacientes idosos, crónicos, polimedicados e sem adesão à terapêutica. Este programa tem o apoio do Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade de Espanha e a Fundação Vodafone Espanha.

Especificamente para o desenvolvimento do estudo foram implementados sistemas de reforço de adesão, como os sistemas personalizados de dosagem (SPD) e aplicações móveis. Neste sentido, verificou-se uma melhor adesão em pacientes no grupo de SPD, atingindo 82,9% na visita final em comparação com 57,1% no grupo de aplicações móveis.

MOTIVOS DE INCUMPRIMENTO TERAPÊUTICO

As motivos para o fracasso mais frequentemente mencionados pelos pacientes foram: esquecimento, não considerar importante a ingestão diária de medicação, o sentir mal, não tomar a medicação à hora certa, a dose que não correspondem à prescrição e dificuldade em usar medicação.

Para alem do incumprimento na toma dos farmacos, foram detetados mais de 257 problemas relacionados com mediamentos, como interações com os produtos farmacêuticos (11,3%), dosagem, intervalo e/ou duração inadequada (10%), administração de medicamento errado (8%) e a probabilidade de efeitos adversos (4,3%).

Além disso, foram detetados outros resultados negativos com a medicação, na sua maioria ao nível da ineficácia (51%), necessidade do medicamento (27%) e insegurança (18%). Porém, com a intervenção do farmacêutico foram reduzidos em 33,4% dos problemas relacionados com os medicamento.

Finalmente, os dados recolhidos durante seis meses de estudo também mostraram que os pacientes experimentaram uma melhoria significativa na qualidade de vida percebida, um aumento de 5,5 pontos em média (utilizando o questionário 'EuroQol-5D').

[Fonte: Infosaludos.com (Espanha)]