Cancro da próstata tem taxa de cura de 85% se detetado precocemente
10 de setembro de 2015
A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial. A Associação Portuguesa de Urologia (APU) deixa este alerta para todos os homens acima dos 45 anos, na semana das doenças da próstata - de 14 a 20 de setembro.
Apesar de ser a segunda causa de morte por cancro no homem nos países ocidentais, a sua possibilidade de cura é de 85% quando detetado precocemente.
Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente 3.500 a 4 mil portugueses, sendo que 1.800 acabam por morrer. Uma vez que a patologia é assintomática nos estádios iniciais, o homem não pode estar à espera que surjam sintomas para consultar o médico assistente ou urologista.
Arnaldo Figueiredo, Presidente da APU, sublinha que «o estigma e o medo associados aos exames realizados para despistar as doenças da próstata, após os 45 anos, deverão ser combatidos pois que, controvérsias à parte, só dessa forma é que se consegue combater este tipo de patologias e diminuir o número de mortes que elas provocam».
Apesar das causas do cancro da próstata não serem conhecidas, sabe-se que o fator hereditariedade e idade têm um grande peso. A deteção pode ser feita com o doseamento do PSA (antigénio específico da próstata), uma análise ao sangue que doseia uma substância libertada pela próstata para a corrente sanguínea. A subida deste valor levanta a suspeita da doença, devendo ser complementada com o exame do toque retal.