Melhor controlo glicémico pode ajudar na prevenção de demência
16 de setembro de 2015

 Um mau controlo da glicemia aumenta em 50% o risco de hospitalização no futuro por demência, quando comparados com os doentes que registam que um bom controlo é a conclusão de um estudo realizado em 350 mil doentes com diabetes tipo 2.

 


Apresentada na 51.ª Reunião Anual da EASD, que está a decorrer em Estocolmo, a investigação, que sugere que um melhor controlo glicémico pode prevenir contra vários tipos de demência, é da autoria do Dr. Aidin Rawshani e os seus colegas da National Diabetes Register and Institute of Medicine, em Gothenburg, na Suécia.
As evidências indicam que a diabetes potencia o risco de futuras complicações da função cerebral. Contudo, ainda não foram realizados estudos sobre o controlo da glicemia – medido pela hemoglobina glicosilada HbA1c – afeta o risco de desenvolver demência no futuro. Neste trabalho, os autores investigaram informação clínica que explorava a associação entre HbA1c e o risco de hospitalização por demência em pessoas com diabetes tipo 2.


"A associação positiva entre HbA1c e o risco de demência nos doentes mais jovens com diabetes tipo 2 indica uma possível prevenção da demência através do controlo glicémico", afirma o autor do estudo.


Os investigadores identificaram todos os doentes com diabetes tipo 2 e não foi registado nenhum caso de hospitalização por demência no Swedish National Diabetes Registry no período compreendido entre janeiro de 2004 e dezembro de 2012. Estes doentes foram acompanhados até ao momento de admissão no hospital por demência, morte ou até ao fim do estudo a 31 de dezembro de 2012.
Num grupo de 349.299 doentes com idade média de 67 anos, 11.035 (3,2%) foram admitidos no hospital com diagnóstico primário ou secundário de demência durante um follow-up de 4.6 anos.

 

Doentes com HbA1c de 10,5% ou mais (o pior nível de controlo glicémico) tinham mais 50% de probabilidade de serem diagnosticados com demência, comparados com os doentes com HbA1c de 6.5% ou menos (o nível de melhor controlo glicémico). Os doentes com episódios anteriores de enfarte agudo do miocárdio registaram maior possibilidade (40%) de vir a desenvolver demência, quando comparados com os que não sofreram enfartes agudos do miocárdio.

 

 

[Fonte - texto e imagem: Vital Health]