Em férias, somos obrigados em poucos dias a acertar o passo entre todos, a concertar interesses por vezes opostos e a aceitar uma nova ordem quando, afinal, o nosso «eu» mais profundo clama por liberdade de movimentos.
Mas quando nos «habituamos» ao descanso e acabamos por descontrair profundamente, voltar a casa nunca é pacífico. Não é de estranhar que nos custe regressar ao velho ciclo de rotinas a que teremos que nos readaptar.
Também esta mudança, não tão potencialmente renovadora como a «chegada» a férias, pode ser fonte de tristeza profunda. É um «adeus» a um tempo de liberdade, sendo que as restrições se tornam muito mais leves. Por outro lado, e mais uma vez, muito depende do nosso grau de satisfação em geral, do equilíbrio e da estabilidade, da capacidade de adaptação e de gestão dos sentimentos mais negativos.
Se nos sentimos fundamentalmente em boa forma, por «dentro» e por fora, o regresso implica uma certa nostalgia mas ainda trazemos intactas a energia entretanto adquirida, assim como as boas memórias. Mas se arrastamos problemas não resolvidos, tal como no começo, o regresso é amargo.
Traz as antigas inquietações e memórias de stress, e com elas um novo diagnóstico do estado depressivo a que um grupo de investigadores espanhóis chamou «depressão pós-férias». Estes estudos revelaram que este tipo de depressão apresenta sintomas como um desânimo profundo, cansaço, insónias, mau-humor, alterações do apetite e até taquicardia.
(Fonte: Pais & Filhos, Antes e Depois das Férias)
Conselhos:
1 - Regresse uns dias antes. Acaba por ser a melhor maneira de se regressar ao ritmo normal.
2 - Pense no regresso ao trabalho como um reencontro com a normalidade.
3 – Divida as férias. Guarde alguns dias para mais tarde.
4 - Retome ou mantenha uma alimentação saudável, regular e rica em fruta e legumes.
5 - Pratique desporto! É uma boa forma para aliviar as tensões, não as deixando acumular….e durma sete ou oito horas por dia, para ter energia.