O Ministério da Saúde quer levar a vacina da gripe a mais pessoas e admite alargar o acesso gratuito a mais grupos de risco, como aos bombeiros e aos profissionais da Cruz Vermelha que fazem transporte de doentes. Para chegar aos utentes, está ainda a ser trabalhado um protocolo com as farmácias para que possam, se necessário, vacinar pessoas de risco. Ontem, iniciou-se uma campanha para a vacinação de idosos em lares que vai decorrer em todas as regiões de saúde, uma vez que este é um dos grupos prioritários. E apesar de grande parte já estar protegi- da, o secretário de Estado da Saúde, Eurico Castro Alves, acredita que se pode fazer mais.
"Já vacinámos mais de um milhão de portugueses. Falta ir onde não chegaram", esperando-se a mobilização dos agrupamentos de centros de saúde, lares ou cuidados domiciliários. "Vamos alargar a vacinação aos profissionais de saúde e fazer campanhas públicas. E queremos alargar a vacinação aos bombeiros e ao pessoal da Cruz Vermelha que faz transporte e lida diretamente com doentes", disse ao DN.
Para que isso se concretize é preciso garantir "o fornecimento das doses atribuídas e, se calhar, vamos ter de aumentar o número. A empresa responsável disse que se calhar conseguia fornecê-las". Castro Alves admite haver "negociações com as associações de farmácias no sentido de vacinarem grupos de risco de forma gratuita", em nome do SNS. O DN noticiou ontem várias medidas para a época gripal, como as mudanças em horários ou o recurso ao privado e setor social em caso de rutura.