Após os seis anos, o reforço da tetravalente é de 10 em 10 anos A vacina tetravalente, contra a difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite, está esgotada em alguns centros de saúde. A Direção-Geral da Saúde garante não haver riscos para a saúde pública, mas o pediatra Libério Ribeiro alerta que não há riscos apenas se não houver um período muito longo de espera para administrar as doses. "Não vejo razão para alarme. O que isso implica é que se reorganize o plano individual de saúde de cada criança. Acredito que não fique em falta dois ou três anos. Quanto ao risco de ter as doenças, é o mesmo de quem não tenha a vacina, só que quem a toma está mais protegido", explica o médico ao CM.
Libério Ribeiro refere ainda que após administrada a primeira dose da tetravalente (aos dois meses de idade) há um período de dois meses para fazer a segunda. "São necessárias as diversas doses para ir estimulando a imunidade", explica, ao mesmo tempo que lembra que esta é uma vacina contra doenças raras. "Temos mais de 95 por cento da população infantil vacinada, e isso leva a que estas sejam doenças raras. E muitas das que existem são importadas. Não podemos esquecer que cada vez mais temos pessoas oriundas de países que não têm uma cobertura de vacinas como a nossa".
Troca entre centros de saúde
A Direção- Geral da Saúde (DGS) explica que a falta da vacina tetravalente em alguns centros de saúde é pontual e que estão a ser estudadas alternativas. Uma das alternativas passa pelo envio de vacinas das unidades de saúde que ainda a têm para as que esgotaram o stock. Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde, disse que a DGS, com as farmácias e o Infarmed, espera ter uma solução para o problema em breve. A responsável afastou ainda qualquer relação entre os casos de tosse convulsa que têm surgido com a falta da vacina, uma vez que os casos aconteceram quando esta ainda estava disponível.