O stresse faz parte da vida de todos nós. Os adultos queixam-se mais, mas os jovens também o sentem. Só que nem sempre sabem identificar o que os deixa ansiosos, nem lidar com os sintomas que os incomodam, saiba, no entanto, que é possível gerir o stresse...
JOVENS SOB PRESSÃO: Qualquer pessoa pode sentir stresse. Mas, actualmente, os adolescentes e jovens são muito vulneráveis. Situações que podem originar stresse:
- Transformações físicas que resultam da adolescência; - Imagem negativa de si próprios;
- Dificuldade em integrar-se no grupo de amigos;
- Mudança de escola;
- Sobrecarga de actividades para além da escola;
- Expectativas dos pais quanto aos resultados escolares;
- Entrada no ensino superior;
- Problemas financeiros da família;
- Separação ou divórcio dos pais;
- Doença ou morte na família ou amigos.
Algumas são próprias do crescimento, mas nem sempre fáceis de lidar. Mais fragilizado, o adolescente pode desenvolver ansiedade. Quando esta persiste para lá duma causa concreta e limitada no tempo, o adolescente dá sinais: FÍSICOS:
- Dores de cabeça, no peito, estômago ou musculares; dificuldade em respirar; aumento da transpiração, sobretudo nas mãos; insónias ou pesadelos; alterações no apetite e fadiga. EMOCIONAIS E COMPORTAMENTAIS:
- Dificuldade em relaxar; medos recorrentes; irritabilidade; choro; agressividade; recusa em participar nas actividades familiares, escolares ou sociais.
LIDAR COM AS EMOÇÕES: O stresse pode ter consequências muito sérias sobre o comportamento e a saúde. Por isso, há que intervir quanto antes. Os primeiros passos podem ser dados pelos próprios jovens: PERCEBER causas da ansiedade e como as controlar (sempre que possível); PARTILHAR problemas e sentimentos com alguém em quem se confie; RELAXAR com música, passear ou fazer exercício físico, pensar em momentos agradáveis, respirar fundo ou tomar um banho de imersão; IDENTIFICAR boas razões para gostar de si próprio e traçar metas realistas.
Os pais também podem e devem ajudar os filhos:
- Estimular o diálogo, para conhecer as suas expectativas e problemas;
- Contribuir para elevar a auto-estima com estímulo e encorajamento positivo;
- Dar oportunidades para que tomem decisões e assumam algum controlo pela sua própria vida;
- Incluir os jovens na vida familiar e mantê-los a par das mudanças;
- Estimular o exercício físico e alimentação equilibrada;
- Estar atento a alterações nos hábitos e comportamentos, para intervir o mais cedo possível.
Nem sempre o carinho e a atenção dos pais são suficientes para aliviar ou fazer desaparecer o stresse e a ansiedade do filho. Quando começa a faltar à escola ou os resultados académicos baixam; quando a dificuldade em dormir prejudica a concentração e o desempenho; quando deixa de se alimentar ao ponto de perder peso ou, pelo contrário, come em excesso; quando mente com frequência, se isola ou é demasiado agressivo - então há que procurar ajuda especializada.