Decisões do dia-a-dia impactam rentabilidade a longo prazo
30 de dezembro de 2015

Com o objetivo de reduzir a despesa pública com medicamentos para 1,25% do PIB até ao final de 2012, em Maio de 2011 foi assinado o Memorando de Entendimento (MdE) que veio alterar as regras de pricing de Medicamentos, margens de comercialização e países de referência, alterando ainda as regras de prescrição (passou a ser eletrónica) e incentivando a prescrição e dispensa de genéricos. Não sendo suficiente, em janeiro de 2014, assistimos à seleção de um novo conjunto de países de referência (França, Espanha e Eslovénia) com o objetivo de assegurar uma poupança adicional na ordem dos 10 milhões de euros, sendo determinado que a penetração dos medicamentos genéricos deveria atingir 60% do total do mercado. Estudos sobre os efeitos do MdE vieram determinar que o valor da redução de margens alcançado excedeu o valor previsto como objetivo para o sector da distribuição de medicamentos, o que veio acentuar ainda mais uma crise económico-financeira que já se instalara nas farmácias. Assim, assistimos ao encerramento de farmácias, após ser declarado o estado de insolvência e, por antecipação, à tomada de decisão de fecho de muitas outras por parte dos proprietários. 

Da mesma forma, as dificuldades de acesso ao medicamento instalaram-se como fenómeno nacional. A farmácia viu os seus gestores serem desafiados de forma a garantirem soluções estratégicas para que o seu negócio florescesse novamente de uma forma sustentável. Desafios ao nível dos RH, compras de genéricos, gestão de categorias de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) e de produtos de saúde, oferta de serviços, trouxeram uma nova complexidade ao negócio. A IMS Health como consultora especializada no sector da saúde, encontra nas farmácias uma parceria única, sendo que a nossa presença no terreno tem sido fundamental para compreendermos as reais dificuldades e de que forma podemos contribuir para um modelo sustentável de crescimento. Muitas foram as farmácias que ingressaram numa participação em grupos. De forma mais estruturada ou para conseguirem melhores condições, conseguiram posicionar-se de forma mais competitiva, aumentando o poder negociai junto dos laboratórios e da distribuição grossista. 

Os medicamentos sujeitos a receita médica representam cerca de 90% do negócio, o que quer dizer que a farmácia continua muito dependente de terceiros elementos, na medida em que o Estado entra como principal pagador, a par do utente. A gestão da farmácia, numa perspetiva global, assenta sobre a análise das vendas, margem bruta percentual, autonomia financeira, resultado líquido do exercício. No entanto, na base destas análises, e do resultado, está um exercício mais simples mas moroso, e que implica responder a questões como: «Na compra de genéricos, a margem liberta na escolha dos laboratórios é favorável para o seu negócio? E qual o número de laboratórios que perfazem 80% da quota acumulada?»; «No segmento de MNSRM, a ordem de ranking de laboratórios melhor posicionados a nível nacional coincide com os que libertam maior margem?». 

Apenas para dar alguns exemplos. O objetivo da IMS Health tem passado por facultar à farmácia serviços diferenciadores que auxiliem neste processo de mudança, no qual a componente analítica permite uma rápida atuação e otimização da capacidade de negociação. Desde ferramentas de gestão para tomadas de decisão no momento de compras, passando pelo diagnóstico das principais necessidades das farmácias, a IMS Health desenvolveu um portefólio de serviços que nos aproximam da realidade e permitem contribuir para o crescimento de um sector abalado, assegurando que o utente continua a beneficiar do melhor acompanhamento possível. 


[Fonte: Grupo Cooprofar-Medlog]