O Ministério da Saúde prevê que, durante este ano, grande parte dos doentes crónicos já consiga levantar a sua medicação na farmácia, sem necessidade de se deslocar ao centro de saúde. “Uma das vantagens e objetivos da desmaterialização da receita é os médicos poderem, no sistema informático, prescrever a receita, e o utente com patologia crónica dirigir-se à farmácia e poder aviar as receitas, sem ser necessária consulta no centro de saúde”, afirmou hoje o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
Fernando Araújo, que falava durante a sessão de apresentação do Plano Estratégico da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, adiantou que há já algumas farmácias em que a experiência está a decorrer, com sucesso.
O objetivo do Ministério é alargar este projeto, que é direcionado, sobretudo, a quem faz medicação para doenças crónicas, mas o governante não descartou a possibilidade de abranger outras patologias: “O objetivo é facilitar o acesso à medicação, sem pôr em causa a segurança de todo o processo”.
Para o Ministério, esta renovação do receituário sem necessidade de deslocação ao centro de saúde pode ser útil sobretudo para a população mais idosa e com dificuldades de acesso ou mobilidade.
“Durante o ano de 2016, se calhar até já no final do primeiro semestre, grande parte dos locais estejam a utilizar esta metodologia”, estimou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, em declarações aos jornalistas.
Entre as reformas apresentadas hoje para a área dos cuidados de saúde primários, pretende-se nomeadamente dar mais médicos de família aos utentes, avançar com consultas de saúde oral e de oftalmologia nos centros de saúde.
Fonte: Grupo Cooprofar-Medlog